Frase do dia

“Não sou contra o governo com o intuito de me tornar governo. Sou contra o governo porque ele é contra o povo”

Reginaldo Marques

terça-feira, 5 de setembro de 2017

A injustiça também é um abuso. - A Tribuna

Um dia depois de ser preso em flagrante, por assédio sexual em um coletivo, em plena Avenida Paulista, o “maníaco do busão” foi solto ao comparecer a uma audiência de custódia.

Segundo o juiz responsável pela audiência, que se agarrou as tecnicalidades da Lei para literalmente “livrar a cara” do agressor: “não houve constrangimento tampouco violência ou grave ameaça, pois a vítima estava sentada em um banco de ônibus, quando foi surpreendida pela ejaculação do indiciado”.

A infeliz decisão do juiz acabou sendo muito mais bombástica que o ato de violência cometido pelo maníaco e o nome do juiz acabou na “boca do sapo”, sendo detonado pela opinião pública.

Não gosto de usar deste tipo de comparação, por soar como uma covardia intelectual, mas neste caso, vale a comparação, por ser verdade. Se a vítima fosse das relações pessoais do tal juiz, com certeza a sua interpretação técnica seria outra.

A sociedade cansada de ver prosperar a impunidade exige da justiça uma resposta séria e célere e não que ela se acorrente a burocracia do judiciário ou as boçalidades técnicas das Leis.

Infelizmente, estes crimes sexuais não estão restritos as grandes cidades, tivemos aqui mesmo em Campos do Jordão, dias atrás, um caso emblemático onde um acusado de estupro, depois de preso, acabou sendo morto ao tentar fugir no IML de Taubaté.

O acusado já tinha sido reconhecido por algumas vítimas e acabaria sendo reconhecido por outras, tendo em vista que os casos de agressão sexual na região em que ele atuava eram constantes.

A atitude do juiz, liberando o agressor, apoiado somente em filigranas jurídicas, contribuí somente para que as vítimas destas agressões, se recusem a passar por um novo constrangimento público ao verem seus agressores serem soltos horas depois de cometerem o crime.

O abusador, pego em flagrante na terça feira e liberado na quarta, já tinha 15 passagens pela polícia, incluindo 3 por estupro.

Dois dias depois de o juiz ter liberado o acusado, por não ter encontrado evidências de crime, o maníaco voltou a ser preso na mesma região, abusando de outra mulher. Agora, depois de fazer mais uma vítima, a justiça resolveu mantê-lo fora do convívio social. Tarde demais para mais uma mulher agredida.


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