Campos do Jordão, a limonada e o limão.

“O futuro é incerto e o fim está sempre perto!”

Jim Morrison

O caso do Cemitério em Campos do Jordão é a prova cabal de como o jordanense e seus agregados são mal preparados, soberbos, não preservam a sua própria historia ou a dos outros e são especialistas em transformar uma limonada em limão.

Esperar profissionalismo e visão empresarial voltados ao turismo de moradores, administradores ou aventureiros na cidade é como esperar ver uma cobra com patas passeando no centro de Abernéssia.

Roteiros turísticos na Europa Cemitérios como o Pére Lachaise em Paris na França exibe aos visitantes alem da obras de arte túmulos de famosos como Oscar Wilde a Jim Morrison, o Bunhill Fields em Londres é ponto de encontro de casais e rota ciclística, no Montparnasse na França encontramos o tumulo de Simone de Bouvoir, o Cemitério Romeno de Sighisoara esta localizado na cidade natal do personagem Conde Drácula, na nossa vizinha Argentina o Recoleta é famoso pela arquitetura e por abrigar o tumulo de Evita Perón, e em Arlington o Cemitério Militar mais famoso dos Estados Unidos podemos encontrar a tumba de John Kennedy.

Enquanto mundo afora os Cemitérios alem de guardiões da historia e da identidade cultural de suas cidades e de seus países aqui nosso Cemitério esta destruído vitima do descaso e de disputas políticas e agora se tornou caso de policia.

Nossa cidade é relativamente nova e por conseqüência seu Cemitério também, mas nem por isso sem historia e sem suas peculiaridades. Ali temos o tumulo do Dr. Januário Miráglia grande benfeitor de nossa cidade, mausoléus de antigos padres, das famílias mais tradicionais e antigas da cidade como de Próspero Olivetti assim como túmulos de jordanenses desconhecidos vitimas de marcantes tragédias que fazem parte da historia de nossa cidade.

Se hoje é inimaginável transformar nosso Cemitério em destino turístico que pelo menos preservem a paz que nossos entes ali jazem enterrados merecem.

Apesar de aparentar um problema insolúvel pelo menos boa parte dele sei do porque de ser. Nenhum dos dois últimos governantes ou o atual tem entes queridos ali enterrados, pois se o tivessem com certeza a conversa seria bem diferente.

Isso é o que da dar ouvidos a paraquedistas sociais e entregar de bandeja a cidade para ilustres desconhecidos.