Um Carnaval do balacobaco.
O Carnaval jordanense assim como o paulistano se mostrou mais animado na apuração do resultado do queno desfile.
O amadorismo das escolas de samba da cidade se estende por mais uma vez a sua organização que ano após ano não consegue elaborar uma receita para dignificar e organizar o que deveria ser a maior festa popular da cidade.
Tanto organização quanto representantes das escolas perderam a harmonia na premiação e a falta de transparência e critérios técnicos previamente definidos para o julgamento das escolas e blocos e para a apuração das notas acabou por atravessar o samba em sua reta final.
Ânimos exaltados, paixão a flor da pele, matéria-prima geralmente usada pelos carnavalescos para incentivar os componentes de suas escolas desta vez mal canalizada serviu de enredo para desentendimentos e todos os envolvidos na festa de Momo rodaram a baiana no palanque esvaziado na avenida do samba jordanense e a cuíca literalmente roncou.
O destaque final do carnaval acabou não ficando para nenhuma das escolas ou blocos envolvidos no desfile e sim pela ausência das autoridades que desprestigiaram a maior festa popular da cidade e demonstraram que realmente não estão nem ai para a Corte de Momo e muito menos para a população.
Ziriguidum e telecoteço a parte o que ficou de lição do carnaval de Campos do Jordão é que enquanto esta festa Brasil afora é a única em que pobres e ricos podem curtir juntos as mesmas emoções, por aqui ela ainda exibe um enorme ressentimento entre o povo enclausurado nos guetos das vilas populares e a alta sociedade jordanense encastelada no Capivari de nos bairros de alto padrão.
Uma mistura explosiva que de vez em quando ameaça ir para os ares.
Enfim... Bum, bum paticumbum prugurundum.
O nosso carnaval minha gente é isso ai! É isso ai!
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